domingo, 25 de julho de 2010

É isso!

Por vezes, fecho os olhos, imaginando toda a minha vida.
Flash's de vivências passam diante dos meus olhos. E então, dou por mim a sorrir.
Por vezes, cerro os punhos, imaginando toda a minha vida.
O sangue ferve-me nas veias, trespassando toda a minha raiva. E então, dou mim a sorrir.
Por vezes, inspiro fundo, imaginando toda a minha vida.
E sem qualquer razão, sem qualquer pretexto, dou por mim a sorrir.
Ah ah! Chamem-me maluca, louca. Não me interessa.
Pois já nada mais interessa.
Pois já nada mais importa.
Porque, de todas essas vezes, ao fechar os olhos, ao cerras os punhos, ao inspirar fundo, ao imaginar toda a minha vida, sinto-o!
É ele!
É isso!
Esse desejo, essa virtude, esse sentimento, essa verdade, essa mentira, essa realidade, quente e fria! Que me gela o coração, que queima as veias do meu ser.
Que me abraça, que me beija, que me dá aquilo que quero, aquilo que necessito.
É ele!
É isso!
Essa sombra, esse brilho, essa luz.
Esse contraste entre o preto e o branco.
A verdade e a mentira.
O quente e o frio.
O mal e o bem.
O ser e o rejeitar.
O fingir e o enganar.
O fugir e o ficar.
O querer e o conseguir.
O desejar e o sentir.
É esse contraste entre tudo aquilo que me caracteriza, fazendo-me mais forte, deixando-me mais fraca, dando-me asas para voar quando tudo o que eu quero é permanecer no chão, dando-me uma voz que eu não vou usar, utilizando palavras que não vou dizer.
É essa ânsia, que não sei explicar.
Essa vontade, que não se definir.
É ele!
É isso!
Um todo que se divide em partes.
Uma verdade, que se manifesta na mentira.
Um bem, que apenas é feito no mal.
Uma melodia apenas sentida nos que não ouvem.
Uma luz apenas visível aos que não vêem.
É isso!