sábado, 25 de setembro de 2010

Algo em Concreto (Continua)

Por momentos, a vida parou. O coração deixou de bater, a cabeça de pensar, o corpo de sentir.
Por momentos, era apenas ela. O seu ser, a sua fragrância.
A sua alma enclausurada no seu corpo, que não revelava o que era era.
Um ser perfeito, uma alma doce. As palavras que lhe brotavam da boca, não eram suas, não eram de ninguém.
Eram palavras soltas, sem sentido ou significado. Sem contexto.
Tal como o escuro!
A ausência de luz, de esperança que lhe irradiava os lhos, de cada vez que adormecia.
Tal como o silêncio!
A ausência de melodia, de paz. Que lhe assombrava os sonhos.
Eram um todo feito de nada.
Porque tudo o que a representara, morrera juntamente com a ideia de ser feliz!