quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Sentir...

Fecho os olhos.
A verdade apodera-se de mim mais uma vez.
Cerro os punhos.
A raiva assume o controlo do meu corpo.
E, por momentos, esqueço.
Esqueço tudo.
Fico eu!
Eu e nada.
Apenas uma companhia, só para não agarrar a solidão.
Por esses momentos sou apenas e somente eu!
Eu e apenas eu.
Mas nem o meu subconsciente, nem a minha alma, nem o meu ser.
Nada, o esquece.
E por isso sou eu e nada!
Porque o nada encorpa nele. Porque dele nada resta, mas dele tudo eu sinto.
Por momentos, a raiva, o amor, a alma, o pudor, o receio, a dor, o sentimento, o sabor, a vontade, a saudade.
Por momentos um nome. Por momentos um momento. Por momentos uma pessoa.
Uma lembrança.
Esquecida, apagada e relembrada.
Um momento, um sentimento.
É difícil de explicar. Até de perceber. Mas, contrariando ou não, é o que sinto.
Os seus olhos, o seu sorriso, o seu cheiro, as suas costas, a sua protecção.
O carinho, o desejo, o amor, a felicidade, o esforço, as promessas... e as mágoas.
A tristeza, a raiva, o choro, a dor, o sofrimento, a saudade.
Uma história.
Duas pessoas.
Um querer, um acreditar, um ser e um estar. Um desejar e um sentir.
A verdade e a mentira.
O olhar e o ver. O querer ser e apenas desejar amar, vencer, acreditar.
E nunca perder!
Ou... perde-lo...

sábado, 25 de setembro de 2010

Algo em Concreto (Continua)

Por momentos, a vida parou. O coração deixou de bater, a cabeça de pensar, o corpo de sentir.
Por momentos, era apenas ela. O seu ser, a sua fragrância.
A sua alma enclausurada no seu corpo, que não revelava o que era era.
Um ser perfeito, uma alma doce. As palavras que lhe brotavam da boca, não eram suas, não eram de ninguém.
Eram palavras soltas, sem sentido ou significado. Sem contexto.
Tal como o escuro!
A ausência de luz, de esperança que lhe irradiava os lhos, de cada vez que adormecia.
Tal como o silêncio!
A ausência de melodia, de paz. Que lhe assombrava os sonhos.
Eram um todo feito de nada.
Porque tudo o que a representara, morrera juntamente com a ideia de ser feliz!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Esperar...

"Nem tudo e perfeito" penso.
"Mas eu gostaria... O que eu faria para que fosse" murmuro.
"E porque não é?" Berro!
Num grito mudo de todo um sofrimento que não acaba. Numa melodia surda de toda uma felicidade que começa e acaba.
E murmuro o que penso! Berro o que sinto! Numa visão, num sentimento!
O tu, o eu!
O nós!
O querer, o ficar.
E eu pergunto, eu penso e murmuro.
"Apenas um porquê"
E espero!
Espero por essa resposta que não chega.
Espero por essa lágrima que não cai.
Espero por ti... Que não vens!
Pelo amor que não dás!
Pela paixão que não tens!
Eu espero!
E quem espera...

domingo, 25 de julho de 2010

É isso!

Por vezes, fecho os olhos, imaginando toda a minha vida.
Flash's de vivências passam diante dos meus olhos. E então, dou por mim a sorrir.
Por vezes, cerro os punhos, imaginando toda a minha vida.
O sangue ferve-me nas veias, trespassando toda a minha raiva. E então, dou mim a sorrir.
Por vezes, inspiro fundo, imaginando toda a minha vida.
E sem qualquer razão, sem qualquer pretexto, dou por mim a sorrir.
Ah ah! Chamem-me maluca, louca. Não me interessa.
Pois já nada mais interessa.
Pois já nada mais importa.
Porque, de todas essas vezes, ao fechar os olhos, ao cerras os punhos, ao inspirar fundo, ao imaginar toda a minha vida, sinto-o!
É ele!
É isso!
Esse desejo, essa virtude, esse sentimento, essa verdade, essa mentira, essa realidade, quente e fria! Que me gela o coração, que queima as veias do meu ser.
Que me abraça, que me beija, que me dá aquilo que quero, aquilo que necessito.
É ele!
É isso!
Essa sombra, esse brilho, essa luz.
Esse contraste entre o preto e o branco.
A verdade e a mentira.
O quente e o frio.
O mal e o bem.
O ser e o rejeitar.
O fingir e o enganar.
O fugir e o ficar.
O querer e o conseguir.
O desejar e o sentir.
É esse contraste entre tudo aquilo que me caracteriza, fazendo-me mais forte, deixando-me mais fraca, dando-me asas para voar quando tudo o que eu quero é permanecer no chão, dando-me uma voz que eu não vou usar, utilizando palavras que não vou dizer.
É essa ânsia, que não sei explicar.
Essa vontade, que não se definir.
É ele!
É isso!
Um todo que se divide em partes.
Uma verdade, que se manifesta na mentira.
Um bem, que apenas é feito no mal.
Uma melodia apenas sentida nos que não ouvem.
Uma luz apenas visível aos que não vêem.
É isso!

sábado, 5 de junho de 2010

Verdade vs Mentira

A verdade?
Que verdade?
Até tem piada!
Porque quando me perguntam qual é a verdade, eu fico indecisa. Digo a minha... ou a deles?
Realmente, eu acho que essa treta toda da verdade e da mentira, foi mais uma das invenções estúpidas do ser Humano.
Uma invenção que o povo foi aceitando. E tudo aquilo que não lhes agrada é o que?
Mentira!
E então tudo aquilo que o povo acha benéfico para si é o quê?
Verdade!
Tão bonito!
Então e afinal o que é a mentira?
Quem são os mentirosos?
Dou um exemplo (Pois acredito que este é o melhor a dar):
Quando há um jogo de futebol entre duas equipas tão conhecidas e existe uma situação de penalti...
Verdade ou mentira?
Mentira!!!! Para os que sofrem o penalti.
Verdade!!! Para os que marcam o penalti.
Então afinal o que é a verdade e a mentira?
Pois bem...
Por isso eu digo.
Não existe verdade nem mentira.
Existem duas opiniões contrárias.
E quando me perguntam assim:
- Samantha,diz a verdade! O que é que aconteceu?
Eu pergunto-me:
Digo o que sei... Ou aquilo que eles querem ouvir?

Apenas um excerto do meu livro, publicado aqui: http://odiadepoisdeti.blogspot.com/

Ás vezes...

Ás vezes, por entre a noite, espero!
Num desespero já esperado,
Um aconchego que é dado
A um ser inacabado.

Ás vezes
, por entre o silêncio, procuro!
Uma melodia já encontrada,
Uma melodia que se mantém afastada,
De quem ama e quer ser amada.

Ás vezes, no escuro, encontro!
Essa luz que anima o que está triste,
Que embala o que contradiz
Um ser feliz que é infeliz.

Falar do amor...
Esse amor, curto e desprezado,
Que se dá a quem não quer ser amado!

Falar da dor...
Essa dor, provocada por quem
Espera sentada, pela oportunidade
De levar a alguém,
A pessoa amada.

Ás vezes...

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Droga!

Apoderaste-te de mim.
Com a força de alguém, eu, que acreditava que pudesses ser tu, a resolver os meus problemas.
Entreguei-me a ti.
De corpo e alma, deixei que me explorasses, deixei que me desses prazer, à medida que te abraçava, como quem abraça um sonho.
Despi-me perante ti.
Nua, completamente nua, deixei que fizesses o que querias, deixei que tocasses em todo o meu corpo, que me beijasses a alma, como se de um puro desejo se tratasse.
Podia até dizer, que não eras tu, que me irias fazer feliz. Mas essa ideia desvanecia-se sobre o céu brilhante quando deixava que me consumisses, como se de veneno se tratasse o teu sabor, que me viciava, cada vez que te esperava.
Impaciente, por um simples olhar.
Impaciente, por te cheirar, saborear doce, na minha boca.
Sentir-te percorrer todo o meu corpo sem limites para para.
E hoje sei, ao olhar-te, que o pior erro da minha vida, foi ter-me viciado em ti.

Hoje sei, que o pior erro da minha vida, foi amar-te!